Arautos d'El-Rei | Portugal: um passado glorioso que o Socialismo quer apagar
289
post-template-default,single,single-post,postid-289,single-format-standard,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,vss_responsive_adv,qode-content-sidebar-responsive,qode-theme-ver-10.1.1,wpb-js-composer js-comp-ver-6.8.0,vc_responsive
Portugal Ultramarino

Portugal: um passado glorioso que o Socialismo quer apagar

O percurso dos povos africanos no período pós-ultramarino tem sido um dos mais infelizes e mais trágicos da História da Humanidade. O genocídio, a fome, as doenças e os intermináveis conflitos étnicos têm sido, há mais de 50 anos, a nota dominante. E para isso têm contribuído os ditadores que vêm ocupando o Poder desde a proclamação da chamada “independência” desses povos.
Acumulando fortunas fabulosas e vivendo num luxo inconcebível, depressa criaram uma miséria e uma desigualdade sem precedentes, a qual só tem sido pontual e vagamente remediada pelo auxílio humanitário dos países da América do Norte e da Europa.

Em muitos casos, porém, esse auxílio tem agravado ainda mais o abuso do poder, na medida em que esses ditadores e seus sequazes frequentemente se apoderam dele para seu proveito pessoal, desviando bens alimentares, medicamentos e vestuário, para depois venderem ou usarem em campanhas “eleitorais” e manobras de chantagem. Em certos casos, como aconteceu na Somália (1991-96), as multidões esfomeadas que acorriam aos pontos de abastecimento eram simplesmente dispersadas e chacinadas a tiro instintivo de metralhadora pesada pelas milícias fanáticas do ditador Mohamed Farrah Aidid.
Em África, é infindável e continua a aumentar, a um ritmo praticamente diário, a lista das perseguições religiosas e étnicas, das chacinas, dos actos de crueldade, dos morticínios, das torturas e de toda a espécie de horrores. A imprensa, as televisões, os relatórios da ONU, das missões religiosas e das organizações humanitárias vão esporadicamente dando testemunho dessa dolorosa realidade, mas tudo isso continua a ser metodicamente “filtrado” e “trabalhado” pelos grandes meios de comunicação social.

A presença europeia em África, especialmente a presença portuguesa (do Séc. XV até 1974-75) foi o oposto disto. É verdade que houve certos erros e abusos (principalmente na colonização dos países protestantes), mas a nossa expansão ultramarina foi acima de tudo caracterizada por uma acção evangelizadora e civilizadora, que elevou o estatuto e o nível de vida daqueles povos, que deu às nossas Províncias Ultramarinas um florescimento e um progresso dos quais largos milhares de portugueses vivos ainda são testemunho.
Não obstante, tal é a força da máquina de propaganda revolucionária e tal é o grau do nosso amolecimento, que hoje é quase só com inibição, receio, complexos, timidez e escrúpulos que falamos dos “erros” do nosso passado ultramarino como se alguma vez, em tempo de guerra ou de paz, tivéssemos cometido os inconcebíveis crimes dos modernos déspotas africanos!

Para a geração que cresceu sob a influência da revolução esquerdista de 1974, Portugal não é mais do que este pequeno País no extremo ocidental da Europa, com uma economia em colapso e um povo indisciplinado, visto com desprezo pelas principais nações do Continente. Na verdade, essa é mais ou menos a situação para a qual nos deixámos arrastar.
Se essa geração, no entanto, conhecesse verdadeiramente o passado de Portugal, talvez já tivesse tentado fazer alguma coisa para evitar esta humilhação. Mas esse passado tem-lhe sido sistematicamente escondido e distorcido pela “revolução cultural” das últimas décadas.


Na impossibilidade de nos alargarmos aqui sobre a Epopeia dos Descobrimentos e sobre o extraordinário alcance da obra civilizadora de Portugal, fazemos aqui a todos os portugueses de boa-fé um apelo no sentido de não se deixarem influenciar pela “cultura” de esquerda, conservando bem vivas no coração estas palavras escritas pelo Tenente-Coronel Joaquim Mouzinho de Albuquerque ao Príncipe Real Dom Luís Filipe:
Este Reino é obra de soldados. Destacou-o da Espanha, conquistou-o palmo a palmo, um príncipe aventureiro que passou a vida com a espada segura entre os dentes, escalando muralhas pela calada da noite, expondo-se à morte a cada momento, tão queimado do sol, tão curtido dos vendavais como o ínfimo dos peões que o seguia. Firmou-lhe a independência o Rei de “Boa Memória”, que tantas noites dormiu com as armas vestidas e a espada à cabeceira, bem distante dos regalos dos Paços Reais. E para a formação de vossa Casa concorreu com o ele o mais branco dos seus guerreiros, que simbolizou e resumiu em si quanto havia de nobre e puro na História Medieval, um herói e um santo.(*) Mais tarde o Príncipe Perfeito, depois de haver mostrado que sabia terçar lanças em combate com o melhor dos cavaleiros, depois de haver abatido de vez todas as cabeças que se erguiam por demais altivas perante a Coroa Real, deu pela força da sua vontade de ferro um impulso de tal ordem às nossas naus, que foram ter ao Cabo da Boa Esperança, abrindo a Portugal o caminho por onde chegou ao apogeu da glória.

Luís Filipe Ferrand d’Almeida


Fotos:
1) A Epopeia dos Descobrimentos foi a mais notável obra civilizadora de Portugal, deixando raízes profundas nos quatro cantos do Mundo: América do Sul (Brasil), África (Cabo Verde, Guiné, São Tomé e Príncipe, São João Baptista de Ajudá, Cabinda, Angola e Moçambique), Índia (Goa, Damão e Diu) e Indonésia (Malaca e Timor).
2) A monumental barragem de Cabora Bassa (Rio Zambeze, Moçambique) constitui um testemunho inquestionável da nossa acção civilizadora no Ultramar e um notável esforço colectivo em que os africanos negros estavam perfeitamente integrados. Depois de termos abandonado as nossas Províncias Ultramarinas, o progresso foi substituído por uma impiedosa e longa guerra civil em Angola e Moçambique.

(*) Santo Condestável D. Nuno Álvares Pereira

 



Este site utiliza cookies para permitir uma melhor experiência por parte do utilizador. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Mais informação

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close