
14 Abr As alegadas discriminações no seio do Colégio Militar e a agenda da esquerda radical e dos seus companheiros de viagem
Com a cumplicidade activa de certos órgãos do Poder, mais uma vez está a criar-se um “caso” que “justifique” o encerramento do Colégio Militar.
A recente renúncia do chefe do Estado-Maior do Exército, General Carlos Jerónimo, na sequência da polémica que se instalou em resultado das afirmações do Subdirector do Colégio Militar numa entrevista ao jornal online OBSERVADOR, é o resultado óbvio da falta de sentido de oportunidade e de ausência de tacto político do actual Ministro da Defesa, Azeredo Lopes. Revela também uma falha de relacionamento institucional do Ministro da Defesa para com o General Carlos Jerónimo, enquanto Chefe do Estado-Maior do Exército.
Numa recente reportagem publicada no jornal OBSERVADOR, o subdirector do Colégio Militar, tenente-coronel António Grilo, afirmou e cito: “Nas situações de afectos [homossexuais], obviamente não podemos fazer transferência de escola. Falamos com o encarregado de educação para que perceba que o filho acabou de perder espaço de convivência interna e a partir daí vai ter grandes dificuldades de relacionamento com os pares. Porque é o que se verifica.” FIM DE CITAÇÃO
De imediato levantou-se um coro de protestos, sobretudo oriundos dos partidos da esquerda radical e do lóbi homossexual, apontando o dedo ao Colégio Militar e exigindo explicações relativamente a uma situação de alegada discriminação de alunos no seio daquela prestigiada instituição.
Pressionado por alguns média, pelo BE e PCP, o Ministro da Defesa teve, a meu ver, muito pouco tacto político, tentando resolver na praça pública aquilo que deveria ser resolvido privadamente, exigindo explicações do sucedido ao então Chefe do Estado-Maior do Exército.
Dada a complexidade do assunto em questão, sobretudo se considerarmos que os factos relatados pelo Tenente-Coronel António Grilo são a constatação de uma realidade e não tanto uma atitude discriminatória relativamente a qualquer aluno daquela prestigiada instituição, o Ministro da Defesa deveria ter sido mais discreto na tentativa de resolução daquilo que parece resumir-se a um episódio criado artificialmente por alguns meios de comunicação com o intuito de desprestigiarem o Colégio Militar.
Em minha opinião, tratando-se de uma instituição militar de ensino com um projecto educativo muito próprio, a formação no Colégio Militar não pode estar condicionada única e exclusivamente à observância dos dispositivos constitucionais. A formação no Colégio Militar deve reger-se também e sobretudo por um código de conduta interno que implica a observância de valores éticos, morais e de excelência.
Parece-me, pois, que, à semelhança do que ocorreu na época dos governos do PS de José Sócrates, está mais uma vez a querer criar-se um caso a pretexto de alegadas irregularidades e discriminações no Colégio Militar.
Ao actuar desta forma, a esquerda radical que suporta o actual governo do Partido Socialista e alguns dos seus companheiros de viagem como o lóbi homossexual, parecem estar determinados em atacar frontalmente o Colégio Militar, uma instituição de excelência, uma Escola de autênticos Valores onde se forjam uma identidade e uma cultura próprias baseadas no espírito do serviço e na defesa dos autênticos valores nacionais e no orgulho pela História de Portugal.
José Filipe Sepúlveda da Fonseca
Crónica Semanal para a Rádio Universidade FM de Vila Real, 14-04-2016