Arautos d'El-Rei | “American Sniper”
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American Sniper

“American Sniper”

O filme “American Sniper”, cujo recorde de bilheteiras nos Estados Unidos já atingiu os 250 milhões de dólares, é candidato a 6 Óscares, entre eles os Óscares para melhor filme e para melhor actor.
Baseado em factos verídicos relatados no livro de memórias de Chris Kyle, lançado em 2012 sob o título “American Sniper”, o filme conta a história de Chris Kyle, o atirador de elite dos Navy Seals, considerado o melhor da história das Forças Armadas americanas, abatendo mais de 160 terroristas durante a guerra do Iraque e até ao ano de 2009, em quatro comissões de serviço.

A exibição deste filme está a causar uma acesa polémica nos Estados Unidos, entre liberais e conservadores.
O ataque cerrado que está a ser dirigido à produção cinematográfica de Clint Eastwood tem como objectivo principal tentar fazer passar para os grandes meios de comunicação social a ideia de que Chris Kyle era um homem cheio de ódio e que abatia os inimigos por puro prazer pessoal.
Assim, na imprensa e nas redes sociais nos EUA e na Europa, uma certa esquerda, que sempre tenta influenciar as decisões da Academia de Hollywood através das suas  posições ideológicas, lançou acusações sem fundamento ao filme de Clint Eastwood, com afirmações como a seguinte: “O verdadeiro Sniper americano era um assassino cheio de ódio. Por que razão há patriotas simplistas que o tratam como um herói?”como escrevia Lindy West no jornal The Guardian.
No entanto, esta e outras acusações de idêntico cariz foram de imediato refutadas categoricamente pelo actor Bradley Cooper que encarna o protagonista do filme “American Sniper” e que afirmou: “Para mim e para Clint Eastwood, este filme sempre foi um estudo de personagem sobre como é a situação para um soldado. Não é uma discussão política sobre a guerra. É uma discussão sobre a realidade.”
De forma idêntica pronunciou-se Jim De Felice, um dos autores da biografia de Chris Kyles, ao afirmar:
“Todos têm direito a uma opinião, mas infelizmente essas pessoas não entenderam a história de Chris Kyle. Convivi com ele durante muito tempo. Era um bom homem e um óptimo pai de família. Ele fez uma escolha: por amor ao país, decidiu tornar-se um sniper e pagou um preço por isso. E os atiradores de elite não são cobardes. Eles estão lá para garantir que sejam atingidos apenas os alvos certos”
Na mesma linha, Clint Eastwood declarou: “Na verdade, o filme é antibelicista de muitas maneiras. Mostramos o quanto essas pessoas doam os seus esforços e tempo para lutar em guerras que não podem ser vencidas.”
Termino o reparo de hoje com uma afirmação do próprio Chris Kyle, também conhecido entre os seus camaradas de armas como “A Lenda” que no seu livro de memórias tentou alertar os seus concidadãos para a situação dos veteranos de guerra, ao afirmar: “NÃO É DADA A DEVIDA ATENÇÃO AOS VETERANOS DE GUERRA. ESTOU A CHAMAR A ATENÇÃO PARA ISSO, E A TENTAR GARANTIR QUE OS VETERANOS DE GUERRA CONSIGAM ALCANÇAR O RECONHECIMENTO E A CONSIDERAÇÃO DE QUE SÃO MERECEDORES”.

José Filipe Sepúlveda da Fonseca

Crónica Semanal para a Rádio Universidade FM de Vila Real, 5-2-2015

 



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