
06 Ago Sem Tradição não há Família
“A alma da família, a sua vida, a sua lei, é o respeito aos ancestrais. Sem a tradição, a família não é senão uma aglomeração passageira de existências individuais, formada pelo interesse momentâneo e que não dura mais do que este. Já não é família. Ora, para que os filhos continuem a tradição do pai, é preciso que eles sucedam aos bens que o trabalho dele criou, que continuem a possuir o domínio no qual se fixa e se incorpora o ser moral da família; é preciso que a família tenha o seu lar, em torno do qual se agrupem todos aqueles sobre os quais se exerce a soberania do pai. A família não tem vida própria e real senão pela liberdade do seu lar; ela não tem duração completamente assegurada, e nem sequer plena identidade, senão pela transmissão hereditária do domínio e do lar paternos. Tirar-lhe a perpetuidade do lar é tirar-lhe grande parte da sua força; tirar-lhe absolutamente a hereditariedade do património, seria tirar-lhe a própria vida” (Charles Périn, “Les Lois de la Société Chrétienne”, Librairie Jacques Lecoffre, Paris, 1875, t. I, p. 344).