
04 Set Mais um caso em que os partidos “conservadores” se têm mostrado mais úteis à Revolução do que os próprios partidos revolucionários…
Ministro da Defesa “inventa” nova entidade e lança campanha para apagar a marca e a memória do Colégio Militar
O Ministro Aguiar Branco vai gastar 80.000 euros numa campanha publicitária para promover uma marca inventada à pressa, e que não tem existência real: Estabelecimentos Militares de Ensino. Contradizendo todas as suas afirmações anteriores contrárias aos “dogmas de casta”, a entidade que o ministro inventou é de um elitismo grosseiro, absolutamente contrário ao espírito do Colégio Militar, que o ministro manifestamente não entende, não quer entender, mas que à viva força quer destruir.
O ministro Aguiar Branco tem invocado argumentos financeiros para justificar a tentativa de destruição do Colégio Militar. Apesar disso, não se coíbe de realizar gastos inúteis desde que isso sirva a sua vontade obsessiva, agora já muito clara e patente, de desvirtuar o Colégio, para melhor o suprimir.
A apresentação da “nova marca” foi feita sem a presença dos Directores do Colégio Militar e do Instituto de Odivelas. O evento foi organizado à pressa, apenas para servir o calendário do ministro, uma vez que estão já concluídas as inscrições para o ano lectivo 2013/2014. A campanha apaga o nome de Instituições centenárias e sugere a sua substituição pela “marca” inventada pelo ministro.
Nos vídeos da campanha são despudoradamente utilizados os nomes de Antigos Alunos que pertencem à História do Colégio e de Portugal, manchando a sua memória numa farsa grotesca.
O ministro tenta com esta encenação transmitir a ideia de que está a trabalhar empenhadamente nos “Estabelecimentos Militares de Ensino” mas, na verdade, está a apenas a evoluir no seu plano de destruição: muitos criticarão a “campanha” pelo seu gasto insensato de dinheiro público; outros a criticarão porque desrespeita implicitamente todas as outras escolas. O ministro sabe que essas críticas recairão sobre as Instituições e não sobre ele, abrindo um fosso – que não existe – entre o CM, o IO e o IPE e as restantes escolas do sistema de ensino público nacional. Ao escolher os Antigos Alunos como tema essencial da campanha está a tentar colocar-nos no centro das críticas.
À comunicação social o ministro disse, num registo muito emocional, que os vídeos da campanha lhe fizeram “bater forte o coração”… Do ministro esperamos mais racionalidade na decisão e lealdade nas funções que lhe foram confiadas e menos palpitações.
O sentido de pertença e continuidade, a estrutura ética contida no Código de Honra, os camaradas da nossa juventude, o sentido de serviço a Portugal, o passado como alicerce moral e exemplo para o futuro, geram uma profunda ligação e um verdadeiro amor ao Colégio Militar. Esse amor exprime-se e também se prova. Sempre foi assim em 210 anos de História e não vai ser diferente agora.
A “reforma” dos EME está a ser conduzida de forma perversa e atentatória da democracia. O ministro José Pedro Aguiar Branco está a ultrapassar, despudoradamente, todos os limites da decência.
A Direcção da Associação dos Antigos Alunos do Colégio Militar