
28 Jul O dever da Igreja
“É dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família“.
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O Bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, em vez de ensinar a Doutrina da Igreja, declarou-se a favor das uniões homossexuais: “eu não concordo com a noção de casamento. Concordo e aceito um homem que viva com um homem e uma mulher que viva com uma mulher”.
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Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus
Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de “Deus” não seja manipulado ou usurpado por “César” e vice-versa.
Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir- se ao Estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.
Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.
Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu III e IV Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.
Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que – por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens – denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus, como o suicídio, o homicídio, assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, se tira a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceite por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).
Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff (*) e demais candidatos que aprovam tais “liberações”, independentemente do partido a que pertençam.
Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.
D. Luiz Gonzaga Bergonzini
Bispo de Guarulhos (Estado de São Paulo, Brasil)
Fotos:
1) D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas Portuguesas.
2) (*) A revolucionária brasileira Dilma Roussef foi terrorista do Comando de Libertação Nacional (COLINA) e da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR Palmares) entre 1964 e 1972. Em 2001 integrou o Partido [comunista] dos Trabalhadores (PT), tendo sido ministra do Governo Lula. Actualmente é Presidente da República Federativa do Brasil, defendendo a legalização do aborto e das uniões homossexuais.
Fonte: http://www.diocesedeguarulhos.org.br/miolo.asp?fs=menu&seq=697&gid=950