
17 Dez Catecismo contra o aborto
Há 30 anos, quando se falava de aborto, ainda se fazia sentir um frémito de repulsa em quase todos os ambientes. Sobretudo — e a fortiori — nos meios católicos. O tempo passou e com ele começou a manifestar-se uma transformação gradual, mas profunda, em diversos sectores da sociedade, influenciados pela campanha sentimental dos movimentos abortistas.
Transformação gradual, sim, como um gota-a-gota: “Sou totalmente contrário ao aborto, mas em caso de violação…”; e depois: “Jamais abortarei… mas não condeno quem o faça em casos extremos “, e assim por diante. Transformação profunda, pois tangia princípios sagrados e perenes, ainda que inadvertidamente.
No entanto, chegou o momento em que os movimentos abortistas se viram obrigados a mostrar o seu vulto total. As pequenas concessões que — umas vezes declaradamente, outras vezes não — tentavam fazer passar em vários sectores da sociedade, não tinham senão um objectivo: caminhar para a aceitação total do aborto, de todas as formas, em qualquer ocasião.
Ora, alguns, vendo tal sanha, cristalizaram-se, e começaram a perguntar-se: porquê tanta radicalidade? Será mesmo por uma questão de “saúde pública” que eles defendem o aborto? Por outro lado, como explicar a universalidade do movimento abortista? Estarão eles ligados entre si? Como se explica tudo isto?
Estas e outras perguntas passaram a inquietar também numerosos espíritos. E tal inquietação chega, no momento presente, a um auge. É neste quadro trágico, mas providencial, que se insere esta publicação.
Seja ela um instrumento de luta! Com efeito, se é com idéias falsas e perniciosas que os defensores do aborto tentam impor a sua sanha, é também com idéias — apoiadas na Fé, na razão e na ciência que devemos rebatê-los.
Queira a Divina Providência servir-se desta obra para dar a todos os católicos uma convicção profunda das razões pelas quais não se pode, e não se deve, de nenhum modo, aceitar o aborto.
E queira a Mãe da Divina Graça apoiar a todos os que envidarem os seus preciosos esforços para combater esse crime monstruoso, que, de acordo com a doutrina perene da Santa Igreja, “brada aos Céus e clama a Deus por vingança”.
Pe. David Francisquini
(Pároco da Igreja do Imaculado Coração de Maria, Cardoso Moreira, Estado do Rio de Janeiro, Brasil)
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