Arautos d'El-Rei | A missão da Nobreza e a Independência de Portugal
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A missão da Nobreza e a Independência de Portugal

Os Arautos d’El-Rei estão convictos de que, assim como outrora, também hoje é missão da Nobreza e das verdadeiras elites estar na linha de frente de uma resistência tenaz às tendências desagregadoras da Família e, por conseguinte da sã sociedade, às quais algumas leis avessas ao mais profundo sentir do nosso povo têm vindo a dar foros de cidadania. Se a Nobreza e as elites souberem ser fiéis a esse papel, poderão ajudar a desviar a nossa sociedade do caos e das catástrofes nas quais se vai paulatinamente afundando.

Na manhã de 1 de Dezembro de 1640, que alguém qualificou para sempre como manhã “pura e alegre”, um punhado de portugueses – grande parte deles pertencente à Nobreza – restaurou a nossa Coroa e a nossa Independência na pessoa de D. João, 8º Duque de Bragança.

Antepondo o bem de Portugal aos riscos pessoais, o Duque de Bragança decidira aceitar a coroa. Os “conjurados”, apesar de pouco numerosos, estavam determinados e confiantes em Deus para enfrentar com altivez as incógnitas e os perigos que diante deles se erguiam, escrevendo dessa forma e para sempre uma página marcante da nossa História.

Naquele momento crucial, duas senhoras da Nobreza armaram os seus filhos cavaleiros, num gesto carregado de simbolismo, oferecendo a juventude fidalga para o bem de Portugal.

E assim ressurgia Portugal. Era a Restauração. Era o anseio de um povo que se realizava na determinação corajosa de algumas dezenas de fidalgos. Em poucos dias, D. João IV empunhava o ceptro assegurado em Aljubarrota e Portugal retomava as vias históricas da sua nacionalidade.

O sentido da Restauração

Trezentos e sessenta anos decorreram. Uma vez mais os Portugueses celebram este feito e recordam esta data.

Nós, Arautos d’El-Rei, perguntamo-nos que sentido fará, neste ano 2000, comemorar o feito dos “conjurados”. Não constituirá este facto apenas uma velha e agradável recordação um tanto nostálgica mas sem qualquer valor e significado práticos para os dias de hoje?

Vamos mesmo mais longe e questionamo-nos: na época actual, já tão distante do remoto ano de 1640, ao assistirmos às profundas transformações políticas, sociais, culturais e tecnológicas, que sentido fará referirmo-nos à Nobreza ou até mesmo às elites? Não terão elas perdido a sua razão de existir? Não seria melhor abandonarem o seu passado, o que resta das suas tradições, dos seus valores de virtude, de cultura, de estilo de vida e de educação e dissolverem-se na massa anónima?

A estas questões respondemos categoricamente: Não! Estamos, pelo contrário, convictos de que a Nobreza e as elites têm um papel fundamental a desempenhar no Portugal de hoje.

Elites: tema de grande actualidade para os sociólogos modernos

É bem verdade que muitos dos nossos contemporâneos estão imbuídos – umas vezes consciente, outras inconscientemente – de incompreensões e preconceitos relativamente à Nobreza e às elites, fruto de uma propaganda sistemática e insidiosa, carregada de parcialidade e com um cunho claramente igualitário e demagógico.

Disseminou-se por todo o Ocidente um mito anti-nobiliárquico, nascido do Iluminismo e do Racionalismo que prepararam a Revolução Francesa de 1789.

Entre nós, muitos defensores – que não hesitaremos em qualificar de “provincianos” – de uma modernidade mal compreendida e já ultrapassada, espalham a respeito das elites tradicionais e aristocráticas, e mais especificamente a respeito da Nobreza, a ideia de uma classe altamente onerosa para a Nação, constituída por “parasitas” gozadores da vida que desfrutam de privilégios injustos, em detrimento das classes mais desfavorecidas. Consideram que essas realidades sociais são inúteis, ultrapassadas e vazias de conteúdo ou até mesmo opressivas.

Nos nossos dias, parece existir uma censura difusa e implícita ao tema das elites. Debater as questões relacionadas com as diferenças sociais e o papel preponderante da Nobreza e das elites na sociedade actual será facilmente considerado como um assunto que preocupa apenas alguns sonhadores que deverão ser votados ao descrédito.

No entanto, à medida que se aproxima o fim século XX e que nos encontramos às portas do 3° milénio, constitui razão de grande espanto para os defensores de uma “modernidade balofa”, a posição assumida por muitos sociólogos e analistas políticos ao reconhecerem que inúmeras crises com que as sociedades modernas se debatem decorrem da ausência e da omissão das elites autênticas. Algumas correntes da mais moderna historiografia e sociologia atestam não só a importância mas também o papel essencial que compete a estas elites para a boa ordenação do tecido social.

Por incrível que pareça, foi sobretudo nos Estados Unidos da América – nação republicana apresentada pelos media como plenamente baseada, de forma bem sucedida, nos mitos igualitários – que surgiu nos dias actuais uma escola séria e profundamente científica que dá ênfase ao papel histórico e à importância das elites. Centenas de livros e artigos desmentem de forma bem documentada muitos preconceitos, apresentando uma imagem mais fidedigna da realidade social. Tais cientistas políticos e sociais frisam que:

1) As elites são indispensáveis em todas as sociedades;

2) As elites, e não as massas, constituem geralmente o factor que decide os rumos do corpo social;

3) O movimento do corpo social é determinado por uma harmonia necessária entre as classes.

Esses estudiosos demonstram ainda que a utopia de uma sociedade sem classes está totalmente errada, pelo facto de decorrer de pressupostos cuja falsidade foi comprovada pela ciência sociológica, histórica e psicológica, e nos dias actuais pelos factos, de uma forma cada vez mais clara e notória. Os objectivos autênticos da sociedade são estabelecidos pelas elites e alcançados sob a sua direcção, defendem eles.

Pseudo-elites: distantes das mais profundas aspirações da Nação

Devido às transformações operadas na nossa sociedade, torna-se imprescindível clarificar os conceitos de verdadeiras e falsas elites.

Infelizmente, o afastamento de parte considerável das elites tradicionais e autênticas relativamente ao seu papel político e social, fez com que surgissem “novas elites” que poderíamos designar pseudo-elites ou falsas elites – de costumes controversos – as quais têm vindo a ocupar paulatinamente uma posição no tecido social que, de um modo natural e orgânico, era até então ocupada pelas elites tradicionais e autênticas.

Regra geral, integram estas pseudo-elites certas figuras do mundo financeiro, estrelas de cinema ou da televisão, desportistas que se apresentam diante do público de forma ruidosa e por vezes até mesmo escandalosa, embalados pelos favores dos mass-media que lhes dedicam uma atenção excessiva e simpática. Novos-ricos, extravagantes e ansiosos por aparecer na imprensa “cor-de-rosa”, constituem a caricatura de uma autêntica elite. Eis o jet-set.

Isolados do corpo social, parecem viver numa espécie de estratosfera, gozando, na maior parte dos casos, de um status inadequado ao seu meio social.

Embora desfrutando de uma situação financeira muito confortável, estas pseudo-elites não têm os horizontes, o estilo, os modos de vida e a delicadeza de sentimentos que sempre distinguiram as elites autênticas. Falta-lhes, sobretudo, o senso do dever, a noção do serviço e dedicação em prol do bem comum que sempre caracterizou a Nobreza e as outras elites autênticas.

Por isso, ao contrário da Nobreza e das elites autênticas, estas pseudo-elites não têm uma afinidade natural com as melhores tradições e as mais profundas aspirações do Povo e da Nação.

Infelizmente – é doloroso mas imperativo reconhecê-lo – constatam-se inúmeros casos de membros das elites tradicionais que se integraram nos círculos das pseudo-elites (às vezes certos nobres, por vezes até príncipes) e que, apesar das suas origens familiares, professam uma ideologia igualitária ou adoptam para si os modos extravagantes e escandalosos que caracterizam as pseudo-elites.

Elites autênticas: voltadas para o bem comum

Pelo contrário, as elites autênticas, sejam elas pertencentes à Nobreza ou não, representam e encarnam o corpo social em que surgem e se desenvolvem.

Um dos sintomas de tudo aquilo que está vivo e saudável é tender continuamente para o aperfeiçoamento de si próprio. Assim acontece com uma sociedade bem ordenada, onde as diversas classes procuram um aperfeiçoamento moral, artístico, cultural e uma melhoria do nível e das condições de vida. Esta ascensão natural constitui o progresso harmónico e autêntico da sociedade.

Neste rumo ascendente da sociedade, as autênticas elites nascem quando os indivíduos e as famílias que se destacam na pluralidade do corpo social passam a relacionar-se entre si, de modo a obter um enriquecimento mútuo de qualidades e a constituir gradualmente uma cultura particular que sintetiza e eleva os valores intelectuais e morais dos seus membros.

Ao destacarem-se no corpo social, as elites autênticas personificam as qualidades e virtudes da Nação, tendo por isso a obrigação de representar, preservar e elevar o espírito nacional, o que faz com que a vocação da verdadeira aristocracia esteja, como dissemos, voltada para o bem comum.

Assim sendo, o aristocrata só cumprirá a sua vocação se tiver uma ideia clara da grandeza da sua Nação e se desejar representar tal grandeza na sua pessoa.

Nosso Senhor Jesus Cristo: modelo humano das elites autênticas

Nesta caminhada ascendente da sociedade, qual o modelo humano ideal a seguir?

Esse modelo humano pleno, pólo de perfeição absoluta para todas as classes sociais, não constitui uma utopia, mas uma realidade histórica: Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus Encarnado. N’Ele todas as virtudes e perfeições humanas encontram-se harmoniosamente presentes e em grau supremo. A sociedade que procura conformar-se ao tipo humano de Nosso Senhor Jesus Cristo, aperfeiçoar-se-á e terá nisto o seu verdadeiro progresso.

Constituindo as elites a classe em que o tipo humano de uma nação mais se destilou, é a elas que corresponde de forma especial espelhar o tipo humano mais elevado, mais perfeito e mais nobre.

Nosso Senhor Jesus Cristo encontra-se, portanto, no âmago do conceito de aristocracia na Civilização Cristã, pois n’Ele estão presentes de modo absoluto as virtudes que compõem o perfil moral do aristocrata cristão: honra, abnegação, valentia, magnanimidade, respeito, honestidade, etc.

Foram exactamente estas virtudes próprias à Nobreza que moveram, em 1640, os “conjurados”, a esquecer os seus legítimos interesses particulares, as suas comodidades, e a unirem-se em torno do Duque de Bragança para restaurar a Coroa e a Independência de Portugal.

O que ainda caracteriza as elites? – Um padrão de excelência

Voltemos agora os nossos olhares destas considerações um pouco teóricas para a realidade concreta dos nossos dias.

É bem verdade que, devido a inúmeras convulsões políticas e a transformações sociais, inspiradas nos princípios anti-monárquicos e anti-aristocráticos da Revolução Francesa, a Nobreza e as elites tradicionais perderam grande parte do seu poder político e foram seriamente atacadas no seu prestígio e condição social. Além disso, na sociedade contemporânea, cada vez mais modelada pelo poder financeiro e tecnológico, criaram-se núcleos de influência bem diversos dos da aristocracia.

Assim, a Nobreza e as elites tradicionais constituem apenas um resquício, mas um resquício precioso. Pois, na nossa sociedade, minada por crises profundas, onde o igualitarismo, a vulgaridade, a extravagância, a corrupção moral e a sede de prazeres fazem imperar tudo aquilo que é delirante, hediondo e até obsceno, a ideia de Nobreza permanece associada a um padrão de excelência para a edificação do corpo social. Daí se explica que tantos sociólogos modernos apontem como fundamental, nos dias de hoje, o papel das elites na solução da crise contemporânea.

É por isso que nós, Arautos d’El-Rei, estamos convictos de que, assim como outrora, também hoje é missão da Nobreza e das verdadeiras elites cultivar, difundir e alimentar esse impulso do conjunto social para todas as formas de elevação e perfeição. É igualmente sua missão estar na linha de frente de uma resistência tenaz às tendências desagregadoras da Família e, por conseguinte da sã sociedade, às quais algumas leis avessas ao mais profundo sentir do nosso povo têm vindo a dar foros de cidadania. Se a Nobreza e as elites souberem ser fiéis a esse papel, poderão ajudar a desviar a nossa sociedade do caos e das catástrofes nas quais se vai paulatinamente afundando.

Trezentos e sessenta anos volvidos sobre o feito heróico levado a cabo em 1 de Dezembro de 1640 pelos nossos antepassados, não nos podemos cingir a uma recordação estéril dos factos. O feito dos “conjurados” constitui uma lição para os dias actuais. Fazemos aqui um apelo para que a Nobreza e as elites autênticas, imbuídas deste exemplo, assumam os seus deveres para continuar a garantir, tal como os “conjurados” de 1640, a Independência de Portugal.

Estamos certos de que Nossa Senhora da Conceição, a quem D. João IV coroou Rainha de Portugal, derramará as suas bênçãos sobre este esforço empreendido in signum fidei.

 

Coimbra, 1º de Dezembro de 2000

Afonso Maria Teixeira da Mota, Amadeu Jorge Fernandes, Bartolomeu dos Mártires Teixeira da Mota, Bernardo Maria Magalhães, Diogo Furtado de Mendonça, Estêvão da Cunha, Francisco da Cunha, Frederico Furtado de Mendonça, Frederico Menezes, Giovanni Nigra, Gonçalo de Castro e Sousa, Gonçalo da Gama Lobo Xavier, Ibsen Noronha,, João Filipe Osório de Castro, João Pedro Picado, José Carlos Sepúlveda da Fonseca, José Filipe Sepúlveda da Fonseca, José Maria Barata de Tovar, José Maria Freire de Andrade, José Maria Leote, José Maria Pereira Coutinho, Lopo Vaz de Sampaio, Luís Abel Ferreira, Luís Filipe Ferrand d’Almeida, Miguel Aranha Furtado de Mendonça, Pedro de Castro

 

 

 

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As elites são indispensáveis, atestam cientistas políticos, sociólogos e historiadores norte-americanos

Um número crescente de estudos sociológicos, históricos e psicológicos tem vindo a demonstrar a permanência de elites bem definidas, cuja história constitui a essência da História norte-americana. Colocando em xeque o mito americanista de uma sociedade liberal e igualitária, essa escola – denominada elitista – dá ênfase ao papel histórico das elites. William Dornhoff, Professor de Psicologia na Universidade de Santa Cruz, na Califórnia é taxativo: “Os especialistas acabaram com o mito de uma sociedade sem classes” (G. William Domhoff, The Higher Circles, Vintage Books, New York).

O sociólogo Lloyd Warner, numa das suas obras, realça que “é impossível estudar com discernimento e acuidade os problemas básicos da sociedade norte-americana contemporânea e da vida psicológica dos seus membros sem tomar em plena consideração as diversas hierarquias que dispõem os cidadãos, o seu comportamento e os objectos da sua cultura nas posições superiores ou inferiores da escala social. Estas hierarquias sociais penetram todos os aspectos da vida social deste país” (W. Lloyd Warner, American Life: Dream and Reality, Univ. of Chicago Press, Chicago).

Michael Burton, Professor de Sociologia no Loyola College de Baltimore, e John Higley, Professor de Teoria do Governo e Sociologia na Universidade do Texas (Austin), ao analisarem o fracasso das outras escolas sociológicas, entre elas a marxista, afirmam que a “sociologia política sofreu uma convergência notável mas implícita em direcção à teoria elitista” (Michael Burton e John Higley, Invitation to Elite Theory: The Basic Contentions Reconsidered em G. William Domhoff e Thomas R. Dye (Eds.), Power Elites and Organizations, Sage Publications, Newbury Park – Cal.).

Refutando o mito de que as elites estão destinadas a oprimir ou explorar as massas, Thomas Dye e Harmon Zeigler, afirmam que a escola elitista defende a ideia segundo a qual o peso da responsabilidade do bem-estar público é carregado pelas elites e não pelas massas (cfr. Thomas R. Dye e L. Harmon Zeigier, The lrony of Democracy, Duxbury Press, Belmont).

Por sua vez, o sociólogo Pierre van den Berghe critica aqueles que assinaram a Declaração da Independência dos Estados Unidos por terem conside-rado como “totalmente indiscutível o facto de que todos os homens foram criados iguais, uma vez que isto contraria todas as evidências”. E acrescenta: “Que todos devam ser tratados como se fossem iguais é uma ideia exótica e recente, nascida na cultura ocidental há pouco mais de duzentos anos”. Van den Berghe conclui: “O igualitarismo é mau para a sociologia e manifesta-se empiricamente um absurdo (…). Todas as sociedades humanas estão estratificadas. A ordem hierárquica está bem patente na Família, a menor e mais universal forma de organização social humana” (Pierre L. van den Berghe, Man in Society: A Biosocial View, Elsevier, New York).

Robert Nisbet sustenta que “em qualquer lugar onde duas ou mais pessoas se associem, tem de existir alguma forma de hierarquia” (Robert Nisbet, Twilight of Authority, Oxford Univ. Press, New York).

Robin Williams, Professor da Universidade de Comell, advoga que “todas as sociedades têm um sistema de classificação dos seus membros ou dos grupos que as constituem, dentro de algum tipo de escala de superioridade ou inferioridade” (Robin M. Williams Jr., American Society: A Socological Interpretation, Alfred A. Knopf; New York).

Reiterando a inconsistência do mito igualitário, Suzanne Keller, Professora de Sociologia na Universidade de Nova Iorque, declara que “a existência e continuidade de minorias influentes é uma das características imutáveis da vida social organizada” (Suzanne Keller, Beyond the Rufing Class: Strategic Elites in Modem Society, Random House, New York).

Acrescenta o sociólogo Joseph Fichter que “o desejo de uma democracia plena, de uma igualdade perfeita, carece de validade científica (…). Aspirar ao ideal de uma sociedade sem classes é algo tão irreal como impossível” (Joseph Fichter, Sociology, University of Chicago Press, Chicago).

(Manifesto publicado por ocasião do 360º Aniversário da Restauração da Independência de Portugal – 1º de Dezembro de 2000).



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