Arautos d'El-Rei | A gripe, a China, a Revolução Cultural e Fátima
1657
post-template-default,single,single-post,postid-1657,single-format-standard,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,vss_responsive_adv,qode-content-sidebar-responsive,qode-theme-ver-10.1.1,wpb-js-composer js-comp-ver-6.8.0,vc_responsive

A gripe, a China, a Revolução Cultural e Fátima

Tanto a perspectiva histórica como a análise rigorosa dos factos favorecem uma lúcida e objectiva percepção da realidade presente e futura. Por isso, dizia o nosso grande Padre António Vieira: «Se no passado se vê o futuro, e no futuro se vê o passado, segue-se que no passado e no futuro se vê o presente, porque o presente é futuro do passado, e o mesmo presente é o passado do futuro».

Há cerca de três décadas, ruiu o muro de Berlim e desmoronou-se, com estrondo e vergonha, o mundo soviético, ponta de lança do imperialismo comunista, o qual propugnava a implantação de Estados totalitários no mundo inteiro, os quais, por sua vez, haveriam de conduzir a humanidade a uma “igualdade” absoluta entre todos os homens e a uma radical “liberdade”. O igualitarismo radical e anárquico era a sua meta última. Não se pense, porém, que tal meta foi, depois disso, abandonada. A queda do muro não foi, ao contrário do que muitos disseram, o canto de cisne do comunismo. Persistiram sob o mesmo jugo totalitário a Coreia do Norte, o Vietname, Cuba, a China Maoista, a Venezuela e muitos outros países, sobretudo em África…

Vinte anos antes da queda do comunismo soviético, já fora anunciada, para quem quisesse ver, uma das metamorfoses que deveria sofrer o colectivismo. Foi em Paris que se deu este anúncio, em Maio de 68. A Revolução Cultural então propugnada visava transformar radicalmente as mentalidades, constituindo um novo capítulo da guerra psicológica revolucionária. Tratava-se de uma guerra de conquista psicológica total, visando o homem na sua integridade.

Uma das modalidades dessa guerra psicológica pós-Sorbonne, que numerosos autores socialistas[i] e comunistas passaram a reconhecer como indispensável para escapar ao pântano em que se afundara o comunismo, que acabara por revelar toda a sua hedionda fisionomia sanguinária, entre “gulags”, deportações em massa, genocídios e campos de trabalhos forçados, seria uma silenciosa e sorrateira transformação operada agora na vida quotidiana dos países “capitalistas”; nos seus costumes, mentalidades, modos de ser, de sentir, de viver… Tal transformação prepararia, então, as mudanças sócio-económicas destinadas a submeter totalmente as consciências ao todo-poderoso Estado totalitário.

Esta fase revolucionária, então desencadeada, é, na verdade, uma subtil guerra psicológica e tendencial que pretende tornar possível a tão almejada utopia igualitária e libertária. Sem estas mudanças, as vitórias revolucionárias no campo político-ideológico tornar-se-iam necessariamente efémeras, pois a reacções inevitavelmente suscitadas pela implantação do totalitarismo colectivista serão sempre um empecilho para o avanço do projecto.[ii]

***

Ora, aconteceu precisamente que, ao longo dos últimos trinta anos, se difundiu pelo mundo um grande movimento de resistência à dita agenda única, que se tornara a principal promotora do aborto, da eutanásia, da união e adopção homossexual, da ideologia de género, do ecologismo, do animalismo, etc.. Países com grande importância na geopolítica mundial viram a sua opinião pública despertar da letargia em que caíra e eleger políticos que se apresentavam, de algum modo, como opositores da dita agenda. Nesse sentido, pode-se afirmar que a revolução perdeu terreno.

***

Com o apoio dos políticos ocidentais, Xi Jinping vem gradualmente subjugando a Europa: «Os países capitalistas, estúpidos e decadentes, cooperarão com alegria para a sua própria destruição. Precipitar-se-ão sobre a nova oportunidade de amizade. No mesmo instante em que baixem a sua guarda, esmagá-los-emos com o nosso punho fechado». (Nota VI) (Foto: Público)

Enquanto tudo isto acontecia, o gigante chinês, alentado pelas faraónicas concessões ocidentais, a partir da visita de Nixon à China, em 1972[iii], pelos suicidários acordos de Xangai,[iv] e por uma parcial liberalização interna da iniciativa privada – sob a forma de verdadeiro “capitalismo selvagem” – e sem nada abandonar do seu comunismo totalitário e ferreamente despótico, começou a tomar posição claramente dominante no panorama internacional,[v] com o objectivo – nas palavras de Xi Jinping –, de «recuperar todo o poder da China imperial». As nações ocidentais «estúpidas e decadentes» passaram a colaborar entusiasticamente para fortalecer ao máximo a potência amarela.[vi] Esta, de seu lado, dedicou-se, entretanto, a incrementar o seu potencial bélico, sempre servido pelo portentoso aparato de um partido com os seus alegados 90 milhões de membros, e avançou em todo o mundo para a aquisição de incontáveis bancos, empresas, sociedades comerciais, tecnologia de ponta, matérias-primas e bens de toda a espécie. Começaram a instalar bases militares, no estratégico porto de Djibuti (Mar Vermelho), no sul da Argentina, no norte do Afeganistão, em numerosas ilhas e atóis do Índico e do Pacífico, além de diversos pontos da chamada “Rota da Seda”. Também passaram a controlar pontos estratégicos do planeta, em troca de infra-estruturas que os países necessitavam, mas não conseguiam pagar. É o caso do porto mais importante do Sri Lanka, da linha de caminho-de-ferro de Benguela, em Angola, de diversas obras em Moçambique, do porto do Pireu na Grécia ou do aeroporto de Toulouse, em França. Dez por cento dos portos europeus passaram, deste modo, para controlo chinês.

Um povo disciplinado ferreamente pela estatolatria, e acolhido benevolamente pela OMC, despejou pelo mundo inteiro os seus produtos – muitíssimos deles contrafeitos e a preços irrecusáveis – assim competindo de forma arrasadora na economia de mercado. Competição muitas vezes desleal, dado o baixíssimo custo da sua mão-de-obra, que não se vê como qualificar senão como “escrava”.

Assim, pois, o mínimo que se poderia esperar de tal potência – dotada agora de um incrível poderio militar – é que procurasse a expansão da sua influência e da sua ideologia numa colossal manobra geopolítica.

***

Ora, precisamente neste ano de 2020, encontramos de súbito, como num imprevisto passe de mágica, o modus vivendi chinês implantado em quase todo o Ocidente. Com efeito, desde que se disseminou a nova e perigosa gripe que teve origem naquele país, as populações viram-se, de repente, confinadas em casa, sem liberdade de ir e vir, e numa total dependência da vontade do Estado. As próprias igrejas foram fechadas e os fiéis privados dos sacramentos, até mesmo os moribundos. Justamente durante a Quaresma, a Semana Santa e a Páscoa, cujas cerimónias litúrgicas foram banidas das igrejas…[vii]

Tal como na China, as liberdades em geral tornaram-se absolutamente restritas e controladas pelo poder central. Esta crise, empolada ad nauseam pelos media,[viii] desencadeará inevitavelmente uma gravíssima crise económica em todo o Ocidente, já confirmada pelos mais abalizados economistas, que levará os povos ocidentais a dependerem ainda mais dos respectivos Estados, e, sobretudo, de uma China, súbita e surpreendentemente curada da gripe, e que aparece, de repente, a controlar toda a economia global de um mundo sem fronteiras.

Bill Gates tem sido um grande apoiante financeiro da Organização Mundial de Saúde (OMS), agora dirigida pelo bem conhecido comunista etíope Tedros Adhanom, cujas relações com o PC chinês são mais do que excelentes… (Foto: Gizmodo)

Curiosamente, em todo o mundo ocidental, os partidos da esquerda, de centro-esquerda e ecologistas parecem perceber que tudo isto leva justamente aonde eles queriam. O “Courrier internacional”, corifeu da esquerda internacional, suplemento do Le Monde, que em Portugal é uma revista mensal, tem afirmado reiteradamente, que só o pânico poderá alterar a forma de viver dos consumistas.[ix] Numa das suas capas chegou a perguntar solenemente se não terá chegado o momento de impor ao mundo a agenda climática, com a supressão de certas liberdades públicas.

O securitarismo hodierno pretende a todo o custo ver na OMS um oráculo da verdade. O seu director-geral declarou, há algumas semanas, que a presente gripe constituía uma pandemia. As tubas dos media continuam a dar repetido eco às suas palavras de tons apocalípticos. Convém não esquecer, contudo, que este senhor é um marxista militante, que foi ministro da saúde da Etiópia, envolvido em diversas controvérsias no seu país, como a de ter encoberto epidemias de cólera e de estar acusado de graves escândalos de corrupção fiscal. Outro pormenor inquietante: o governo comunista chinês não deixou de manifestar especial regozijo aquando da sua nomeação como director-geral da OMS.

Por outro lado, convém não deixar de sublinhar que a Covid 19, embora provoque elevada mortalidade, não se aproxima, nem de longe, dos números de outras epidemias, como foi o caso da tuberculose e da gripe espanhola ou pneumónica. Esta matou 50 milhões de pessoas e infectou mais de um terço da população mundial, nos anos de 1918 e 1919,[x] causando mais mortes do que a 1ª Guerra Mundial. Por sua vez, a gripe H1N1 matou entre 200 e 400 mil pessoas segundo diversas estimativas, só no ano de 2009.[xi] Na última década, houve um aumento dramático do número de variantes graves do vírus influenza, que entra na população humana a partir de reservatórios animais.

Tedros Adhanom, líder comunista da OMS, tem tido um papel preponderante na expansão internacional do PC chinês e nos planos da ONU para “controlo” da população mundial… (Foto: Notícias Magazine)

Convém referir ainda que a gripe do Covid-19 atinge de modo especialmente letal ou perigoso aqueles que já estão fragilizados por diversos outros motivos e, embora ainda não exista uma vacina, a esmagadora maioria dos infectados – mais de 80% [xii] – recupera-se naturalmente pela reacção dos seus próprios anticorpos, ou por medicamentos já disponíveis para doenças afins, mas altamente eficazes contra o coronavírus.[xiii]

No entanto, o diktat da imprensa e de muitos governantes, contrariando a opinião de abalizados cientistas, é de que se torna indispensável impor uma drástica quarentena, confinamento em casa e cordões sanitários em torno das cidades, obrigando ao encerramento da maior parte das empresas. Tal paralisação, que muitos especialistas qualificam como contraproducente do ponto de vista epidemiológico,[xiv] produzirá inevitavelmente consequências económicas catastróficas, com as suas sequelas de desemprego, fome, desordens sociais e até guerras. Ao mesmo tempo, de cá e de lá, vão surgindo melífluas vozes de sereia a anunciar o advento de uma radical mudança de paradigma social e económico no mundo inteiro, rumo a uma sociedade claramente miserabilista. Outros vão dizendo que o mundo jamais será o mesmo e que teremos de alterar radicalmente, nesse mesmo sentido, os nossos hábitos.

***

Neste ponto, seria oportuno regressarmos a uma perspectiva histórica, olhando para o início do século XX, quando outra gripe, chamada espanhola ou pneumónica, de facto causou uma verdadeira hecatombe. Duas das suas vítimas foram precisamente os pequeninos pastores a quem Nossa Senhora aparecera: Francisco e Jacinta Marto.

Num lugar perdido da Serra d’Aire, um acontecimento histórico acabara de colocar Portugal novamente no centro da História, no ano de 1917. Foram as aparições de Nossa Senhora em Fátima, exactamente quando rebentava na Rússia a revolução bolchevique. O milagre do Sol, as previsões sobre as guerras mundiais, sobre a expansão dos erros do comunismo e futura conversão da Rússia marcaram uma impressionante manifestação da misericórdia divina. A Mãe de Deus viera pedir uma verdadeira conversão dos povos, num grande movimento de oração e penitência, que afastasse para longe as calamidades da guerra, das revoluções e da fome, – embora se dirigisse a três crianças de um lugarejo perdido, que nem sequer sabiam o que a palavra Rússia significava.

Sempre foi doutrina da Igreja que a peste, a fome e a guerra[xv] (Jer 29, 17) são castigos de Deus, provocados pela infidelidade dos homens ao seu Criador. «As guerras não são senão castigos pelos pecados dos homens» dizia a pequena Jacinta, hoje elevada às honras dos altares.

Esta é outra chave para analisar os acontecimentos dos nossos dias: a chave sobrenatural. O grande ausente das tubas dos media, das considerações da maioria dos governantes, e até, infelizmente, dos próprios homens da Igreja, é Deus nosso Senhor. O homem moderno, cada vez mais descrente, despreza qualquer consideração que ultrapasse a linha do puramente horizontal, natural, prosaico e terreno. As análises dos números, referentes à saúde pública, à economia, à geopolítica, à educação, etc., omitem como despiciendas quaisquer referências ao Criador dos Céus e da Terra.

As Igrejas foram fechadas. Os sacramentos quase completamente negados, até mesmo aos infelizes moribundos, o Santo Sacrifício da Missa, com a presença real de Deus em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, é recusado aos fiéis, que parecem ter voltado aos tempos das catacumbas.[xvi]

  A peste, que talvez produza a fome e quiçá a guerra, sempre foi, repito, considerada pela doutrina tradicional da Igreja como castigo merecido pelos pecados dos homens. «Por fim o meu Imaculado Coração triunfará!» Esta foi a grande promessa de Nossa Senhora em Fátima. Porém, tal não significa que antes de isso acontecer a Humanidade não tenha de ser purificada através de tremendas provações. Castigo que se tornou merecido pela apostasia generalizada, tanto dos governantes, temporais e espirituais, como dos povos que aceitaram sem indignação, viver num mundo em que a Lei de Deus é conculcada por uma legislação que permite a eliminação diária de incontáveis criaturas inocentes através do crime do aborto – mais do que as vítimas do coronavírus! (Por ano, realizam-se em Portugal cerca de 15.000 abortos!!!); legislação que também escancarou as portas ao divórcio, à eutanásia, ao chamado casamento homossexual e às piores perversões, desde a pornografia e a profanação da inocência das crianças, até às práticas mais contrárias aos direitos de Deus e aos princípios da Civilização Cristã.

Seja como for, a vitória sobre os erros que a Rússia espalhou pelo mundo – hoje propagados em grande medida pela China – essa vitória anunciada em Fátima pela Mãe de Deus, virá. O triunfo do Imaculado Coração de Maria é certíssimo!

 O Lidador

Semana Santa do Ano da Graça de Nosso Senhor de 2020

Notas:

[i] Entre eles destacaram-se autores franceses, como Alain Touraine, Pierre Fougueirollas, Pierre Rosanvallon, Laurent Joffrin, o austríaco-francês André Gorz e o teórico socialista espanhol Ignacio Sotelo.

[ii] Diz, neste sentido, o socialista francês Pierre Fougueirollas: «Os jovens aspiram a novas relações interpessoais entre pais e filhos, entre professores e alunos, enfim, entre os próprios jovens, a partir de uma sexualidade expansiva. A revolução psicosexual que se gera actualmete na juventude, constitui uma força decisiva para alcançar a revolução total» (Marx, Freud e a Revolução total,pp. 336-367). Por sua vez, Marcuse diz: «Podemos falar indiscutivelmente de revolução cultural, posto que o protesto se dirige contra todo o stablishment cultural, incluindo a moral da sociedade existente (A sociedade carnívora).

[iii] Comentando o “calamitoso” acordo de Xangai, para promover a “colaboração” em matérias como a ciência, a tecnologia, a cultura, o desporto e o jornalismo, dizia em 1972, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira: «dada a candura liberal dos norte-americanos e a astúcia comunista dos chineses, tal tratado dará um resultado altamente conveniente para os comunistas. Estes entrarão em tais relações com o único objectivo de aproveitar todas as ocasiões para fazer aceitar a sua ideologia pela outra parte (…). Noutros termos, as relações sino-americanas irão desenvolver-se numa base da qual os chinos saberão tirar partido, e os americanos não».

E concluía o saudoso pensador brasileiro: «Yalta foi uma calamidade maior do que Munique. Foi Munique multiplicada por Munique. A Declaração de Xangai, é uma Yalta multiplicada por Yalta.— Onde nos levará ela?» (Folha de S. Paulo, 12 de Março de 1972).

[iv] Na capital amarela, Nixon encontrou uma camarilha política ambiciosa e decidida a levar a cabo de forma inexorável a expansão do comunismo, conhecendo todas as fraquezas do parceiro americano e disposto a explorá-las a fundo, trocando concessões palpáveis por promessas vagas. Foi muito semelhante o que aconteceu nos acordos de Munique de 1939. A França e a Inglaterra, fizeram ao eixo Roma-Berlim as maiores concessões. Em troca, pediam a Hitler vagas promessas de paz. Assinado o tratado, Chamberlain e Daladier receberam nas respectivas capitais, ovações apoteóticas de populações que só pensavam em gozar pacatamente a vidinha quotidiana. Churchill exclamou, então, com perspicácia: “Tínheis a escolher entre a vergonha e a guerra: preferistes a vergonha e tereis a guerra”.

[v] Entretanto, milhões de católicos chineses, que resistiram heroicamente ao regime comunista, continuam a ser ferreamente perseguidos. Em 2014, por exemplo, uma campanha contra alegados edifícios “ilegais” na província de Zhejiang levou à demolição de mais de duas mil construções cristãs e de 600 cruzes.

[vi] «Para vencer, necessitaremos de um elemento de surpresa. A burguesia deverá ser adormecida. Começaremos por lançar o mais espectacular movimento de paz que jamais tenha existido. Haverá proposições electrizantes e concessões extraordinárias. Os países capitalistas, estúpidos e decadentes, cooperarão com alegria para a sua própria destruição. Precipitar-se-ão sobre a nova oportunidade de amizade. No mesmo instante em que baixem a sua guarda, esmagá-los-emos com o nosso punho fechado». (Dimitri Z. Manuilsky, conferência pronunciada em 1931, na Escola Lenine de Guerra Política, apud Jean Ousset. “El marxismo leninismo”. Editorial Iction, Buenos Aires, 2a. ed., 1963 p. 113 – Manuilsky foi eleito presidente do Conselho de Segurança da ONU em 1949).

[vii] Devemos dizer que há, pelo menos, uma muito honrosa excepção: o episcopado da Polónia decidiu não fechar as igrejas e, pelo contrário, multiplicar as Missas, a fim de criar espaços entre os fiéis durante as celebrações. A Sagrada Comunhão continuou a ser dada, como sempre, de joelhos e na boca. A Polónia é um dos países onde o número de infectados é mais reduzido…

[viii] O The Daily Telegraph, de 23/03/20, noticia que em Itália se estão a contabilizar como vítimas do Covid-19 pessoas que morrem por outras causas, e transcreve, nesse sentido, as declarações de um cientista italiano, o Prof. Walter Ricciardi, assessor do Ministério da Saúde, nas quais admite que 88% dessas pessoas já tinham problemas graves que conduziriam à morte.

[ix]Courrier internacional”, Lisboa, Julho 2019, nº 281, «Chegou a hora de entrar em pânico»; «O medo pode ser a nossa salvação»; «Só o medo pode mudar os hábitos altamente carbonizados do mundo capitalista».

[x] US National Library of Medicine (Relatório de Kirsty R. Short, Katherine Kerdsierska, Carolien van de Sandt, professores de microbiologia e imunologia da Universidade de Melbourne e Queensland, Austrália, publicado online em 8 de Outubro de 2018).

[xi] O vírus “H5N1”, assim como o “H1N1”, o “H2N2”, o “H3N2”, o “H3N8”, o “H7N2”, o “H9N2” e outras 190 codificações de variações genéticas do vírus da “Influenza A”, conhecido também como “vírus da gripe das aves”, ou simplesmente, “vírus da gripe”, é muito mais letal do que o coronavírus, matando no mundo cerca de 5.000 pessoas por dia. Para confirmar estes dados, basta consultar as estatísticas da própria OMS.

[xii] Dados oficiais da OMS divulgados a 17/02/2020.

[xiii] O médico e microbiologista francês Didier Raoult, director do serviço de infectologia do Hospital de Marselha, tornou-se mundialmente conhecido nos últimos dias por dar a conhecer o único tratamento que realmente provou ser eficaz contra o virus chinês causador da Covid-19. O Dr. Raoult estuda há 13 anos os efeitos da cloroquina (mais precisamente, um dos seus derivados, a hidroxicloroquina) como antiviral (associado com o único antibiótico que funciona sobre os virus, a azitromicina). «São moléculas antigas, sem problemas de maior de toxicidade, e imediatamente disponíveis», é o que afirma este conceituado professor da Universidade de Marselha, que é o cientista com mais estudos e experiências produzidas sobre doenças virais no mundo. Surpreendentemente – ou não!? – enfrenta uma tentativa de ridicularização e uma espantosa campanha de silêncio por parte da grande imprensa internacional (Ver: “Le Parisien”, de 27 de Março de 2020).

[xiv] Expresso, 19/03/20.

[xv] «Eis o que diz o Senhor dos exércitos: Vou enviar contra eles a espada, a fome e a peste, e tratá-los-ei como figos deteriorados, tão maus que não se podem mais comer. Irei persegui-los com a espada, a fome e a peste, e deles farei objeto de horror ante todos os reinos da terra (…) porque não escutaram as minhas palavras – oráculo do Senhor – quando, sem cessar, lhes enviava os profetas, meus servos, aos quais também não ouviram – oráculo do Senhor». Jeremias, 29, 17-19.

[xvi] «Ao concentrarem-se exclusivamente em todas as medidas de protecção higiénica (os bispos que fecharam as suas igrejas) perderam uma visão sobrenatural e abandonaram a primazia do bem eterno das almas» afirmou o Bispo D. Athanasius Schneider, em 31 de Março de 2020.

♦ ♦ ♦ ♦ ♦

La gripe, China,
la Revolución Cultural
y Fátima

Tanto la perspectiva histórica como el análisis riguroso de los hechos, favorecen una percepción clara y objetiva de la realidad actual y futura. Por esta razón, decía nuestro gran padre Antonio Vieira: “Si en el pasado se ve el futuro, y en el futuro se ve el pasado, se sigue que en el pasado y en el futuro se ve el presente porque el presente es el futuro del pasado y el mismo presente es el pasado del futuro”. [1]

Hace cerca de tres décadas se derrumbó el muro de Berlín y se desmoronó también, con estruendo y vergüenza, el mundo soviético, punta de lanza del imperialismo comunista que propugnaba el establecimiento de Estados totalitarios en todo el mundo los cuales, a su vez, deberían llevar a la humanidad a una absoluta “igualdad” entre todos los hombres y a una radical “libertad”. El igualitarismo radical y anárquico era el objetivo final. No se piense, sin embargo, que tal objetivo fue entonces abandonado. La caída del muro no fue, por más que muchos dijesen lo contrario, el canto del cisne del comunismo. Permanecieron bajo el mismo yugo totalitario Corea del Norte, Vietnam, Cuba, China Maoísta, Venezuela y muchos otros países, especialmente en África …

Veinte años antes de la caída del comunismo soviético ya había sido anunciado, para quienes quisiesen verlo, una de las metamorfosis por las que pasaría  el colectivismo. Este anuncio ocurrió en París, en Mayo del 68. La Revolución Cultural reivindicó entonces transformar radicalmente las mentalidades y se abrió así un nuevo capítulo en la Guerra psicológica revolucionaria. Se anunciaba una guerra de conquista psicológica total dirigida al hombre en su integridad.

Una de las modalidades de esta guerra psicológica post-Sorbonne, que muchos autores socialistas[2] y comunistas consideraron como indispensable para escapar del pantano en que estaba sumergido el comunismo, el cual había terminado por revelar toda su horrible fisionomía sanguinaria entre “gulags”, deportaciones masivas, genocidios y campos de trabajos forzados, sería una transformación furtiva y silenciosa operada a partir de entonces en la vida cotidiana de los países “capitalistas”, en sus costumbres, mentalidades, formas de ser, de sentir y de vivir …  Tal transformación prepararía así los cambios socio-económicos diseñados para someter totalmente las conciencias al estado totalitario todopoderoso.

Esta fase revolucionaria desatada a partir de entonces es, en realidad, una guerra psicológica sutil y tendencial que tiene como objetivo hacer posible la anhelada utopía igualitaria y libertaria. Sin estos cambios, las victorias revolucionarias en el campo político-ideológico resultarían necesariamente efímeras ya que las reacciones inevitables a la implementación del totalitarismo colectivista serían siempre un obstáculo para que avanzase el proyecto pretendido.[3]

♦ ♦ ♦

Durante los últimos treinta años sucedió eso, precisamente. Brotó por el mundo un gran movimiento de resistencia a esta agenda única que se había convertido en la principal promotora del aborto, de la eutanasia, de la unión y la adopción homosexual, de la ideología de género, del ecologismo, del animalismo, etc. Países con gran importancia en la geo-política global han presenciado el despertar del letargo de su opinión pública que empezó a elegir políticos que se presentaban, de alguna manera, como adversarios de dicha agenda. Podemos así afirmar que la revolución perdió terreno.

♦ ♦ ♦

Mientras todo esto sucedía, el gigante chino, estimulado por las concesiones faraónicas occidentales que comenzaron con la visita de Nixon a China en 1972[4], por los acuerdos suicidas de Shanghai[5] y por un relajamiento parcial interno del sector privado – bajo la forma de un “capitalismo salvaje” –  aunque sin abandonar para nada su comunismo totalitario y ferozmente despótico, comenzó a tomar una posición claramente dominante en la escena internacional[6] con el objetivo de – en palabras de Xi Jinping – “recuperar todo el poder de China imperial”.

Las naciones occidentales “estúpidas y decadentes” colaboraron con entusiasmo para maximizar el poder amarillo.[7] Desde entonces, por su parte, este último se ha dedicado a aumentar su potencial bélico, siempre servido por el portentoso aparato de un partido con sus supuestos 90 millones de miembros y avanzó por todo el mundo adquiriendo innumerables bancos, empresas, establecimientos comerciales,

tecnología de punta, materias primas y bienes de toda  especie. Comenzaron a instalar bases militares en el puerto estratégico de Djibouti (Mar Rojo), en el sur de Argentina, en el norte de Afganistán, en numerosas islas y atolones de la India y el Pacífico y en diferentes puntos de la llamada “Ruta de la Seda”. También pasaron a controlar puntos estratégicos en el planeta a cambio de infraestructura que los países necesitaban pero no podían pagar. Es el caso del puerto más importante de Sri Lanka, la vía ferroviaria de Benguela, en Angola, de varias obras en Mozambique, del puerto de El Pireo en Grecia o del aeropuerto de Toulouse en Francia. Diez por ciento de los puertos europeos han ido pasando al control chino por este proceso.

Un pueblo férreamente disciplinado por la estadolatría y benévolamente acogido por la OMC nos ha inundado con su productos – muchos de ellos falsificados y a precios irresistibles – compitiendo aplastantemente en la economía de mercado. Competición tantas veces desleal por el coste extremadamente bajo de su mano de obra que resulta imposible evitar de calificar como “esclava”.

Por lo tanto, lo mínimo que se podría esperar de tal poder – dotado ahora con un increíble aparato militar – es que buscase la expansión de su influencia e ideología en una maniobra geo-política colosal.

♦ ♦ ♦

Ahora, precisamente en este año de 2020, de repente nos encontramos como por arte de magia, con que el modus vivendi chino está desplegado por casi todo Occidente. De hecho, desde que se diseminó la nueva y peligrosa gripe originada en ese país, las personas fueron repentinamente confinadas en casa, sin libertad de movimiento y en una total sujeción a los deseos del Estado. Hasta las iglesias fueron cerradas y los fieles privados de los sacramentos, incluso los moribundos. Justo en Cuaresma, Semana Santa y Pascua en que las ceremonias litúrgicas del momento fueron desterradas de las Iglesias… [8]

Al igual que en China, las libertades en general han sido completamente restringidas y pasaron a control del poder central. Esta crisis, amplificada ad nauseam por los medios de comunicación[9],

desencadenará inevitablemente una catástrofe económica gravísima en todo Occidente, ya confirmada por la mayoría de los economistas de reputación, lo que hará que los occidentales dependan incluso más de los respectivos Estados y, en definitiva, de China. De repente, y de modo sorpresivo, ésta aparece curada de su gripe y se prepara para  controlar toda la economía global de un mundo sin fronteras.

Curiosamente en todo el mundo occidental los partidos de izquierda, de centro izquierda y los ecologistas, parecen darse cuenta de que todo esto los lleva exactamente a donde querían. El “Courrier Internacional”, corifeo de las izquierdas mundiales, suplemento de Le Monde que en Portugal es una revista mensual, ha afirmado reiteradamente que sólo el pánico podría cambiar la forma en que viven los consumistas.[10] En una de sus portadas llegó a preguntarse de modo solemne si no había llegado la hora de imponerle al mundo la agenda climática y suprimir ciertas libertades públicas.

El securitarismo actual se obstina en ver a la OMS como si fuera un oráculo de la verdad. Su Director General declaró hace algunas semanas que la gripe actual constituía una pandemia. Los trompetas de los medios continúan haciéndole eco a sus palabras difundiéndolas en tono redundantemente apocalíptico. Sin embargo, debe tenerse en cuenta que este señor es un marxista militante, ex ministro de salud de Etiopía, mezclado en diversas controversias en su país, como la de haber encubierto epidemias de cólera y estar acusado de graves escándalos de corrupción fiscal. Otro detalle inquietante: el gobierno comunista chino no dejó de manifestar especial regocijo cuando fue nombrado Director General de la OMS.

Por otro lado cabe señalar que el Covid-19, aunque provoque una mortalidad elevada, ni siquiera llega cerca de los números fatales de otras epidemias, como la tuberculosis o la gripe española o neumónica. Ésta mató a 50 millones de personas e infectó a más de un tercio de la población mundial en los años 1918 y 1919,[11] causando más muertes que la Primera Guerra Mundial. A su vez, la gripe H1N1 mató entre 200 y 400 mil personas según varias estimaciones sólo en el año 2009.[12]

En la última década hubo un aumento dramático en el número de variantes serias del virus influenza que contamina a la población humana a partir de concentraciones de animales.

También debe tenerse en cuenta que la gripe Covid-19 vulnera de manera especialmente letal o peligrosa a quienes ya están debilitados por varias otras razones y, aunque todavía no exista vacuna, la gran mayoría de las personas infectadas (más del 80%[13]) se recupera naturalmente por la reacción de sus propios anticuerpos o con medicamentos ya disponibles para enfermedades parecidas mas altamente eficaces contra el coronavirus.[14]

Sin embargo, las imposiciones de la prensa y la de muchos funcionarios del gobierno, contrariando la opinión de los científicos de reputación, es que se ha hecho imperioso imponer una drástica cuarentena, un confinamiento en casa, y establecer cordones sanitarios en torno de las ciudades obligando al cierre de la mayoría de las empresas. Tal parálisis, que muchos especialistas consideran contraproducente desde un punto de vista epidemiológico[15], producirá inevitablemente consecuencias económicas catastróficas, con sus secuelas de desempleo, hambre, trastornos sociales e incluso guerras. Al mismo tiempo, aquí y allí, van apareciendo voces de sirena seductoras, anunciando el advenimiento de un cambio radical en el paradigma social y económico a nivel mundial rumbo a una sociedad claramente miserabilista. Otros van diciendo que el mundo nunca volverá a ser el mismo y que, como consecuencia, tendremos que alterar radicalmente nuestros hábitos.

♦ ♦ ♦

Al respecto sería oportuno regresar hacia una perspectiva histórica y situarnos a principios del siglo 20 cuando otra gripe, llamada española o neumónica, de hecho causó una verdadera hecatombe. Dos de sus víctimas fueron los pequeños pastores a quienes se había aparecido la Virgen María: Francisco y Jacinta Marto.

En un lugar perdido en la Serra d’Aire, un evento histórico acababa de poner a Portugal de nuevo en el centro de la historia en el año 1917. Fueron las apariciones de Nuestra Señora en Fátima cuando concomitantemente estallaba la revolución bolchevique en Rusia. El milagro del sol, las predicciones sobre las guerras mundiales, sobre la expansión de los errores del comunismo y la futura conversión de Rusia marcaron una impresionante manifestación de la divina misericordia. La Madre de Dios había venido a pedir una verdadera conversión de los pueblos en un gran movimiento de oración y penitencia que evitaría las calamidades de la guerra, las revoluciones y el hambre, a pesar de haberse dirigido a tres niños en un pueblo perdido que ni siquiera sabían lo que significaba la palabra Rusia.

Siempre ha sido doctrina de la Iglesia que las pestes, la hambruna y la guerra[16] son castigos de Dios causados por la infidelidad de los hombres hacia su Creador. “Las guerras no son más que castigos por los pecados de hombres”, dijo la pequeña Jacinta, ahora elevada a los honores de los altares.

Esta es otra clave para analizar los eventos de nuestros días: la clave sobrenatural. El gran ausente de las trompetas mediáticas, de las consideraciones de la mayoría de los gobernantes e, incluso, desafortunadamente, de los propios hombres de la Iglesia, es Dios Nuestro Señor. El hombre moderno, cada vez más incrédulo, desprecia cualquier consideración que supere lo puramente horizontal, natural, prosaico y terrenal. El análisis de los números referentes a la salud pública, a la economía, a la geopolítica, a la educación, etc., omiten como desdeñables cualquier referencia al Creador de los Cielos y la Tierra.

Las iglesias han sido cerradas. Los sacramentos, negados casi por completo, incluso a los desafortunados moribundos. El Santo Sacrificio de la Misa, con la presencia real de Dios en Cuerpo, Sangre, Alma y Divinidad, se le niega a los fieles quienes parecen haber regresado a los tiempos de las catacumbas.[17]

En cualquier caso, la victoria sobre los errores que Rusia difundió por el mundo, anunciada en Fátima por la Madre de Dios, vendrá. ¡El triunfo del Inmaculado Corazón de María es del todo seguro!

La peste, que podrá producir hambre y quizás la guerra, siempre fue,  repito, considerada por la doctrina tradicional de la Iglesia como un castigo merecido por los pecados de los hombres. “¡Por fin mi Inmaculado corazón triunfará!” Esta fue la gran promesa de Nuestra Señora en Fátima. Sin embargo esto no significa que antes que así suceda la humanidad no tenga que ser purificada a través de pruebas tremendas. Castigo merecido por la apostasía generalizada tanto de los gobernantes, temporales y espirituales, así como de los pueblos que aceptaron sin indignación vivir en un mundo donde se pisotea la Ley de Dios por medio de una legislación que permite la eliminación diaria de criaturas inocentes, a través del crimen de aborto – ¡más víctimas aún que del coronavirus! (¡Cada año en Portugal se practican 15,000 abortos!); una legislación que también abrió la puerta al divorcio, a la eutanasia, al llamado matrimonio homosexual y a las peores perversiones desde la pornografía y la profanación de la inocencia de los niños, a prácticas que son contrarias a los derechos de Dios y a los principios de la civilización cristiana.

A pesar de todo, la victoria sobre los errores que Rusia difundió por todo el mundo – ahora propagados en buena medida también por China – esta victoria anunciada en Fátima por la Madre de Dios, vendrá. ¡El triunfo del Inmaculado Corazón de María es certísimo!

El Lidiador

Semana Santa del Año de la Gracia de Nuestro Señor Jesucristo de 2020

Notas:

[1]   “Citações e Pensamentos de Padre António Vieira” (2a edição), 650 Citações, 170 Textos, 256 Páginas, Casa das Letras, Lisboa 2010.

[2]  Entre ellos, autores franceses como Alain Touraine, Pierre Fougueirollas, Pierre Rosanvallon, Laurent Joffrin, el austriaco-francés André Gorz y el el teórico socialista español Ignacio Sotelo.

[3]     Así lo reconoce el socialista francés Pierre Fougueirollas: “Jóvenes aspiran a nuevas relaciones interpersonales entre padres e hijos, entre profesores y alumnos, finalmente, entre los propios jóvenes, junto a una sexualidad expansiva. La revolución psicosexual que se genera actualmente en la juventud constituye una fuerza decisiva para lograr la revolución total ”(Marx, Freud y la revolución total, pp. 336-367). Por su parte dice Marcuse: “Podemos hablar indiscutiblemente” de revolución cultural puesto que la protesta se dirige contra todo el establishment cultural, incluida la moralidad de la sociedad existente”. (La sociedad carnívora).

[4]     Comentando el “calamitoso” acuerdo de Shanghai para promover la “colaboración” en materias como ciencia, tecnología, cultura, deporte y periodismo, decía el Prof. Plinio Corrêa de Oliveira en 1972: “dada la candidez liberal de los norte-americanos y la astucia comunista de los chinos, tal tratado resultará altamente conveniente para los comunistas. Estos se abrirán a tales relaciones con el único objetivo de aprovechar todas las ocasiones para hacer aceptar su ideología por la otra parte (…). En otras palabras, las relaciones sino-americanas se desarrollarán de modo a que a los chinos les aproveche y a los estadounidenses no”.

Y el recordado pensador brasileño concluyó: “Yalta fue una calamidad mayor que Munich. Fue Munich multiplicada por Munich. La Declaración de Shanghai es una Yalta multiplicada por Yalta. ¿A dónde nos llevará?” (Folha de S. Paulo, 12 de marzo 1972).

[5]     En la capital asiática Nixon encontró una camarilla política ambiciosa y decidida a expandir el comunismo inexorablemente, sabedora de todas las debilidades del socio estadounidense y dispuesto a explotarlas en profundidad, ofreciendo concesiones sustanciosas a cambio de promesas vagas. Fue muy similar a lo que sucedió en los acuerdos de Munich de 1939. Francia e Inglaterra brindaron al eje Roma-Berlín las mayores concesiones. En retribución recibieron de Hitler promesas de paz vagas. Firmado el tratado, Chamberlain y Daladier recibieron en las respectivas capitales ovaciones de apoyo de poblaciones que sólo pensaban en disfrutar la vida cotidiana de modo pacato. Con su perspicacia Churchill comentó: “Teníais que elegir entre la vergüenza y la guerra; preferisteis la vergüenza y tendréis la guerra”.

[6]     Mientras tanto millones de católicos chinos resistían heroicamente al régimen comunista y por ello, aún hoy, continúan siendo perseguidos ferozmente. En 2014, por ejemplo, una campaña contra supuestos edificios “ilegales” en la provincia de Zhejiang significó la demolición de más de dos mil edificios cristianos y 600 cruces.

[7]     “Para vencer, necesitaremos un elemento de sorpresa. La burguesía tendrá que estar adormecida. Comenzaremos por lanzar el movimiento de paz más espectacular que nunca haya existido. Habrá propuestas electrizantes y concesiones extraordinarias. Los países capitalistas, estúpidos y decadentes, colaborarán con alegría con su propia destrucción. Se precipitarán sobre esta nueva oportunidad de amistad. En el mismo instante en que bajen la guardia los aplastaremos con nuestro puño cerrado”. (Dimitri Z. Manuilsky, conferencia dada en 1931, en la Escuela de Guerra Política Lenin. apud Jean Ousset, “El marxismo leninismo”. Editorial Iction, Buenos Aires, 2a. ed., 1963 p. 113 – Manuilsky fue elegido presidente del Consejo de Seguridad de la ONU en 1949).

[8]     Debemos decir que hay al menos una honrosa excepción: el episcopado polaco decidió no cerrar las iglesias sino que, por el contrario, multiplicó las misas para espaciar así a los fieles durante las celebraciones. Continúan administrando la Sagrada Comunión como de costumbre o sea, de rodillas y en la boca. Polonia es uno de los países donde la cantidad de personas infectadas es de los menores …

[9]     El Daily Telegraph del 23/03/20 informa que en Italia se contabilizan como si fueran víctimas del Covid-19 a personas fallecidas por otras causas y, para corroborarlo, transcriben las declaraciones de un científico italiano, el Prof. Walter Ricciardi, asesor del Ministerio de Salud, quien admite que el 88% de estas personas ya sufría de problemas graves que los llevarían a la muerte.

[10]     “Courrier internacional”, Lisboa, Julio 2019, Nº 281, “Llegó la hora de entrar en pánico”; “El miedo puede ser nuestra salvación”; “Sólo el miedo puede hacer cambiar las costumbres altamente carbonizadas del mundo capitalista”.

[11]     Biblioteca Nacional de Medicina de los EEUU (Informe de Kirsty R. Short, Katherine Kerdsierska, Carolien van de Sandt, profesores de microbiología e inmunología en el Melbourne y Queensland, Australia, publicadas en línea el 8 de octubre de 2018)

[12]     El virus “H5N1”, tal como el “H1N1”, el “H2N2”, el “H3N2”, el “H3N8”, el “H7N2”, el “H9N2” y otras 190 codificaciones de variaciones genéticas del “Influenza A”, también conocido como “virus de la gripe aviar”, o, simplemente, el “virus de la gripe”, es mucho más letal que el coronavirus y mata 5,000 personas por día en el mundo. Para confirmar estos datos basta consultar las estadísticas de la propia OMS.

[13]     Cifras oficiales de la OMS publicados el 17/02/2020.

[14]     El médico y microbiólogo francés Didier Raoult, director de enfermedades infecciosas del Hospital de Marsella, se dió a conocer por todo el mundo en estos últimos días por revelar el único tratamiento que realmente demostró ser efectivo contra el Virus chino causador del Covid-19. El Dr. Raoult estudia hace 13 años los efectos de la cloro-quina (más precisamente de uno de sus derivados, la hidroxicloroquina), un anti-viral (asociado con el único bioquímico que funciona contra los virus, la azitromicina). “Son moléculas antiguas, sin mayores inconvenientes de toxicidad, y disponibles de inmediato”, es lo que afirma este reconocido profesor de la Universidad de Marsella, el científico con más estudios y experiencias elaboradas al respecto de enfermedades virales en el mundo. Sorprendentemente, – ¿o no? – sufre una ofensiva para ridiculizarlo o reducirlo al silencio por parte de la gran prensa internacional (Ver: “Le Parisien”, del 27 de marzo de 2020).

[15]     Expresso, 19/03/20.

[16]     “Esto es lo que dice el Señor de los ejércitos: enviaré contra ellos la espada, el hambre y la peste y los trataré como higos deteriorados, tan malos que no se pueden comer más. Los perseguiré con la espada, el hambre y la peste, y los haré objeto de horror ante todos los reinos de la tierra (…) porque no escucharon mis palabras: – oráculo del Señor –  cuando, sin cesar, les enviaba profetas, mis siervos, a quienes tampoco escucharon – oráculo del Señor”. (Jeremías, 29, 17-19.)

[17]     “Al centrarse exclusivamente en todas las medidas de protección higiénica (los obispos que cerraron sus iglesias) perdieron la visión sobrenatural y abandonaron la primacía del bien eterno de las almas”, afirmó el obispo D. Atanasio Schneider, el 31 de marzo de 2020.



Este site utiliza cookies para permitir uma melhor experiência por parte do utilizador. Ao navegar no site estará a consentir a sua utilização. Mais informação

The cookie settings on this website are set to "allow cookies" to give you the best browsing experience possible. If you continue to use this website without changing your cookie settings or you click "Accept" below then you are consenting to this.

Close